terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Já começaram os conluios

Clic Erechim, 27/01/2008

Francisco Basso Dias (de Porto Alegre)*

O fim de semana foi de muitos conluios políticos, sendo o principal deles entre a governadora Yeda Crusius (PSDB) e o senador Pedro Simon (PMDB) que a recepcionou em sua casa, na praia Rainha do Mar com um jantar em família.

O prato principal foi a sua reeleição ao governo do Estado numa possível aliança com o PMDB, diante das reiteradas vezes do ex-governador Germano Rigotto em querer concorrer ao senado.

Rigotto, como se sabe, seria o candidato natural do PMDB já que José Fogaça e Ivo Sartori, dois nomes fortes da sigla, reeleitos há pouco ás prefeituras de Porto Alegre e Caxias do Sul, teriam que deixar os cargos em abril e não seria uma boa para o PMDB, segundo suas lideranças. Restaria ainda a opção pelo deputado federal Mendes Ribeiro Filho que em caso de coligação com o PSDB poderia ser o companheiro de Yeda Crusius. Mas, pelo que disse o senador Pedro Simon, à governadora, durante o PMDB deseja concorrer no primeiro turno com candidatura própria. Não logrando êxito, ai sim, ofereceria um nome para disputar juntamente com ela no cargo de vice-governador.

No interior, todavia, não houve repercussão 100% favorável como esperava a cúpula do PMDB ao oficioso apoio a reeleição da governadora. Tanto que em um jantar da sigla um dia antes do encontro de Simon e Yeda ficou acertado que ainda é preciso defender a tese da candidatura própria. Se Rigotto de fato quiser concorrer ao Senado e Fogaça não se dispuser a enfrentar Yeda, o próprio Simon seria candidato.

O PP que está se ensaiando para coligar com o PSDB da governadora para ocupar vaga de Paulo Feijó estaria chegando atrasado às negociações. Entretanto, é possível que o partido de maior número de prefeitos no Rio Grande do Sul venha a se entender com o DEM que tem Paulo Feijó e se candidataria ao governo. O PP ofereceria o nome de Mônica Leal para ser sua vice. Uma reunião na casa de praia do ex-ministro Francisco Turra, coincidentemente também em Rainha do Mar, no fim de semana, tratou da mesma questão: sucessão estadual. Para presidente da República o PP vai apoiar José Serra. Pelo menos é o que ficou praticamente decidido.

O PT – Partido dos Trabalhadores – concorreria novamente com Olívio Dutra ou Tarso Genro, os dois nomes de maior peso na sigla. Pelas beiradas estaria o jovem deputado federal Beto Albuquerque (PSB) que já manifestou a sua vontade de ser governador do Estado.

Tudo ainda são conjuminâncias, especulações. A única coisa que se sabe até agora é que Yeda Crusius, Olívio Dutra, Tarso Genro, Beto Albuquerque e Paulo Feijó estariam dispostos a ir para a disputa do eleitorado gaúcho para o governo do Estado. O PDT e o PMDB, ainda estão atrás do toco.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Preparativos para 2010

Clic Erechim, 14/01/2009

Faltando pouco mais de um ano para ás eleições estaduais, há quem já comece a se ensaiar para concorrer ao governo do Estado, á Câmara Federal, Senado e presidência da República. No plano federal, para à presidência da República, o nome da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff por enquanto é o mais cotado dentro do PT. Seguem José Serra, governador de São Paulo (PSDB) e Aécio Neves do mesmo partido.

Aqui no Estado, com uma certa insistência a mídia gaúcha tem divulgado o nome do deputado federal Beto Albuquerque como um dos pretendentes ao Piratini. E ele não desmente a informação, pelo contrário, até alimenta os formadores de opinião com idéias, ressaltando sua vontade de concorrer a sucessão de Yeda Crusius.

"Eu serei o próximo governador". Esta frase afirmativa pronunciada pelo deputado diz tudo. Ele quer mesmo atingir o objetivo de chegar ao Piratini para "construir o jeito certo de governar o nosso Estado".

Para o parlamentar do PSB, filho de Passo Fundo, "o Rio Grande do Sul precisa resgatar "0 parâmetro ético da gestão pública; a vocação de desenvolvimento e inovação que sempre destacou o Estado; a referência que já tivemos de qualidade dos serviços públicos e de remuneração de policiais, civis, militares, professores e técnicos científicos que perdemos no tempo e a responsabilidade social que o Rio Grande ainda deve à maioria dos gaúchos, afinal o nosso Estado não é feito só de números e contabilidade. É feito por pessoas, por gente que trabalha e quer oportunidades. Responsabilidade fiscal com desenvolvimento humano e social. Nessa direção, o PSB se prepara para eleger o próximo governador do povo gaúcho.

Estas afirmações foram feitas ao colunista Edgar Lisboa, do Jornal do Comércio, em Brasília.

Por outro lado, comenta-se também na possibilidade da atual governadora concorrer à reeleição; do ex-governador Germano Rigotto tentar uma segunda eleição para o governo do Estado, e no nome de Milton Fetter, prefeito reeleito de Pelotas pelo PP, igualmente para o Piratini. E já se fala também na Secretária da Educação, Mariza Abreu, licenciada em História e bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Pós-graduada em História pela Universidade de Campinas (Unicamp) faz parte do quadro de funcionários efetivos da Câmara dos Deputados, como consultora legislativa na área de educação, enfim, é possuidora de um riquíssimo currículo.

O prefeito de Porto Alegre que acabou de ser reeleito, como querem alguns setores do PMDB, já disse que não aceitará concorrer ao governo do Estado, e, portanto, vai ficar até o final de seu mandato na prefeitura.

No PT podem surgir, outra vez, Olívio Dutra e Tarso Genro.

Caso nenhum outro nome surja, o do deputado Beto Albuquerque é o mais novo dos concorrentes.